terça-feira, 25 de junho de 2013

Psicologia na Gravidez

Durante a gravidez, a mulher fica bastante sensível e isso acarreta no aparecimento de doenças psicológicas (como o transtorno bipolar e outras doenças) que podem colocar em risco a sua saúde mental. Assim, existem transtornos dos quais é preciso ter atenção aos sintomas, a fim de buscar um tratamento rápido e adequado. Acompanhe alguns deles abaixo.

Fobia no parto ou Tocofobia

    A fobia do parto é originada de um trauma numa gravidez anterior ou mesmo em situações desconfortáveis do passado, como rejeição familiar, insegurança e outros problemas na gravidez que fazem com que as mães grávidas desistam de ter seus filhos.
     Já no terceiro mês de gestação, a mulher já começa a pensar no seu parto. Muitas vezes, isso gera um desconforto e uma sensação de medo. Assim, começam a surgir perguntas sobre “como será o parto?”, “como será o bebê?” e “como será depois que o bebê nascer?”, além de outras perguntas que trazem inquietações para as mulheres grávidas.
     Em todas as etapas da gravidez, a mulher age diferentemente. Há algumas que mantem as suas atividades profissionais e do lar normalmente, já outras ficam num repouso prolongado, apenas para dedicar o seu tempo para cuidar da gravidez. Por isso, as mães sempre devem ter um acompanhamento emocional e também de seus familiares para que a gravidez possa ocorrer da melhor do forma.

Blues Puerpural ou Melancolia pós-parto

Também conhecida como tristeza pós-parto é um transtorno que atinge cerca de 60% das mulheres, nas primeiras semanas após o parto. A mulher fica com medo e insegurança por não saber o que acontecerá. Além disso, ela se sente cansada e muitas vezes considera a gravidez um peso. Os principais sintomas são:

Falta de Apetite;
Sentimento de solidão;
Mudanças no humor;
Choro excessivo;
Desânimo, etc.

Uma das causas desse transtorno são as mudanças hormonais que aparecem após o parto, no chamado anticlímax, que significa o estado emocional e físico da mulher. O ideal é que haja apoio familiar e acima de tudo, do seu cônjuge, informando que é uma fase natural que acontece após o parto. Ele deve dar o apoio total durante esse período e fazer todos os mimos da esposa.

Depressão Pós Parto

A gravidez é um momento de muita sensibilidade emocional, insegurança e diversos sentimentos reunidos, causados pelos hormônios. Por conta disso, pelo menos 10% das gestantes sofrem de depressão. A depressão pode ser perigosa, pois muitas vezes há a rejeição da mãe ao filho, fazendo com que isso atinja o bebê na barriga ou mesmo se torne depressivo durante sua vida. Nessa fase, os cuidados passam a ser reduzidos, colocando em risco a saúde dos dois.

Além da mudança de hormônios, a depressão pode ocorrer por outros fatores:
Gravidez indesejada;
Rejeição da família;
Gravidez em um período conturbado da vida, em que a chegada da criança será mais um “problema”;
Gravidez de risco;
Caso o bebê tenha algum problema de desenvolvimento ou alguma doença;
Caso a gestante já tenha tido algum aborto espontâneo;
Violência sexual, etc.

Os principais sinais da depressão são a extrema irritabilidade, tristeza, fadiga, vontade de chorar, vontade de não fazer nada, desconcentração, ansiedade, problemas para dormir, falta de apetite, mau humor etc. Caso perceba que está entrando nessa situação, não deixe o baixo astral tomar conta, pense na criança que em pouco tempo estará em seus braços, que ela dependerá somente de você e não tem culpa de algo que tenha acontecido na sua vida.

Pense na sua saúde e na dela, nos momentos felizes que já teve e que terá após seu nascimento; mantenha um bom relacionamento com o pai da criança, converse, conte sobre a gravidez, tenha seu carinho e a sua atenção e tenha sempre alguém para conversar: mãe, irmã e amigas. Evite ficar sozinha e se preciso, procure um acompanhamento médico.

Psicose Pós Parto (Puerperal)

É um dos transtornos mais fortes que atinge as mulheres depois do parto. Os sintomas acontecem geralmente nos primeiros dias e pode chegar até duas semanas. Os sintomas mais comuns são:

Humor irritável;
Alucinações e delírios;
Raiva;
Ansiedade;
Imperatividade;
Insônia;
Confusão mental, etc.

As mulheres mais suscetíveis a adquirir esse transtorno são aquelas com histórico de psicose na família ou mesmo por problemas familiares que envolvem a rejeição. A mulher a todo tempo imagina-se matando o bebê, tem ideias de que o bebê possui problemas genéticos ou que ele está morrendo, que ele possui super poderes ou mesmo que é um deus ou um demônio.

Nesses casos, é aconselhável internação hospitalar, para que não aja o risco de suicídio ou mesmo de infanticídio. O apoio familiar é extremamente importante para que esses sintomas possam ser aliviados.


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