quinta-feira, 20 de junho de 2013

HPV na gravidez

                  HPV pode ser transmitido de mãe para filho no momento do parto

Por não apresentar sintomas, muitas gestantes não sabem que tem a doença, colocando em risco a saúde delas e de seus bebês. HPV é o nome de uma família de vírus, chamados papilovírus humano que reúne mais de cem tipos diferentes e muitos deles são perigosos para a saúde da mulher. Se não forem tratados, alguns deles, podem levar ao câncer de colo de útero, o segundo que mais mata no Brasil.
Mulheres que estão querendo engravidar devem prestar ainda mais atenção ao HPV. Ele pode ser detectado no Papanicolau, exame que deve ser de rotina na vida da mulher sexualmente ativa.
Em muitos casos, o HPV é assintomático e mulheres grávidas que não sabem que têm a doença podem transmitir o vírus para o bebê no momento do parto.
Em um estudo feito com 469 coreanas, 72 apresentaram o vírus e 20,8% delas passaram a doença para os bebês. Essa pesquisa não identificou o HPV nem na placenta, nem no cordão umbilical. A investigação se voltou, então, para o momento do parto. As mulheres com HPV que tiveram parto normal e que tinham vários tipos de HPV ao mesmo tempo, o que não é tão incomum, mostraram maior contaminação do bebê.
“A melhor forma de evitar a transmissão entre mãe e bebê, é antes da gravidez, fazer os exames e tratamentos necessários. Mas, se detectada verrugas causadas por HPV no canal de parto, ou seja, local por onde passa o bebê, e não houver tempo para tratar antes do parto, será o momento de sugerir um parto cesárea, em que não há contato com as áreas contaminadas,” explica a Dra. Bárbara Murayama é ginecologista e obstetra, especialista em Histeroscopia pela Unifesp.
O mesmo estudo mostrou que dois meses depois do parto, os bebês que nasceram com HPV não tinham mais sinais do vírus. Apesar disso, é importante ressaltar que os bebês são mais frágeis.
"Ao ver esse resultado, muitas pessoas pensam “então está tudo bem,” mas, diante da fragilidade de um recém-nascido, preservá-lo de uma infecção previsível pode ser importante, já que o sistema imunológico ainda está aprendendo a se proteger”, alerta a Dra. Bárbara.
Com o diagnóstico, o tratamento pode ser com remédios ou cirúrgico: cauterização química, eletrocauterização, crioterapia ou laser. Além do controle que é parte fundamental do tratamento, que inclui o exame de colposcopia e vulvoscopia, que avaliam a região com um tipo de microscópio.
Durante a gravidez essa intervenção é mais difícil, daí a importância de fazer exames preventivos antes mesmo de engravidar.
“Existem muitos mitos quanto à transmissão da doença. E o que as futuras mães precisam saber é que detectar o vírus pode evitar a contaminação do recém-nascido, além de evitar um câncer nela", alerta médica.
 
                                       

Fonte: Dra. Bárbara Murayama é ginecologista e obstetra, especialista em Histeroscopia pela Unifesp.

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